Hoje apresentamos a primeira de uma série de entrevistas, com os grandes autores da HQ nacional,começamos com Doc Tanno,autor de Luana e dono da Editora Tannos ,que no início dos anos 90 publicou entre outros o Miracleman.
1- Como surgiu a ideia de criar a Luana?Quais as inspirações para criar a personagem?
Bem, sou médico especialista em Medicina do Trabalho, sempre gostei de HQ, e sempre desenhei sem formação oficial, mas com base no How to Draw to the Marvel Way do John Buscema, em 84 surgiu uma oportunidade qdo conheci o Tony Fernandes q estava montando uma Editora e nem sei como nos conhecemos, sobrava algum tempo e naqueles tempos gostava dos desenhos do Ernie Colon q desenhava Ametista q colecionei, e a Marvel sempre me acompanhou e gostava dos desenhos do Tom Sutton no Dr. Estranho e tb a Vampirella. Tinha a plena consciência q Super-Herois eram domínio da DC e Marvel; raciocinei um pouco e fiz a mim mesmo a pergunta: o q eu gostaria de desenhar q tb fosse do gosto brasileiro?
A resposta foi mulher gostosa e Bunduda, violência explícita com sangue e deixei Super como Vampira, queria fazer uma Pintura como capa, então fui ver os meus álbuns do Frank Frazetta e me chamou atenção às luas q ele fazia; dai veio o nome: Luana; gozado q histórias sempre foram fáceis para a minha imaginação; vou pôr uma batalha de irmãs sexys, uma feiticeira e outra vampira; e como o Michael Jackson estava no topo com o Triller, a série foi chamada de Triller, enquanto pintava a capa veio a idéia q no final as 2 irmãs se fundirem e daí veio o título da história: A Maldição Siamesa. Eu fiz a criação, roteiro e o lápis e o Tony fez as letras e a arte-final.
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2- Como foi o lançamento da Luana pela editora tálamus? e a parceria com o tony Fernandes?
No início foi bem, até ajudei a dar um final para a história do personagem dele q ele não conseguia solucionar. Na Segunda história da Luana, eu estava roteirizada e desenhando, mas o Tony contratou um arte-finalista q atualmente é o letrista da Panini; o problema surgiu pq ele não estava arte-finalizando e sim redesenhando; devido a esse impasse registrei a personagem e parti para outra editora.
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3- O que deu errado com a tálamus em sua opinião?
Responde as perguntas
2 e 3.
4-Como foi a passagem de luana pela press?
Giovanni amigo comum meu e Franco abriu passagem para Press, e ja estava com a segunda história pronta de modo q tinham a parte 1 q foi finalizada pelo Franco de Rosa em q a Luana se acha curada e é só Feiticeira , mas tem um pesadelo premonitório. A segunda parte se chamou: o bebê de Baton(francês) Ass(inglês); pq naquela época Cubatão era a cidade mais poluída do mundo.
Depois veio a Terceira história em q Luana já convive com sua metade vampira e usa para saciar a sede em criminosos com arte final minha e do Franco.
A quarta e última história eu já estava lendo o Monstro do Pântano do Alan Moore, então já estava com uma narrativa mais descritiva e desenho influenciado pelo John Tothleben e faço uma luta dela com o seu Nemesis: Dracula e tirando o letrista era tudo meu, gozado q dava margem para continuação e até de lançar mais um personagem; creio q parei justamente para abrir a TANNOS.
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5 - vc não tentou publica-la por outras editoras como a d-arte?
Não, minha fase de artista entrou em hibernação.
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6-Como foi a fundação da Editora Tannos?
Se chamou Editora TANNOS pq iríamos tocar eu e meus 3 irmãos, no fim fiquei sozinho e falei com outro colecionador não
médico q trabalhava perto do meu setor, comprei os direitos do Miracleman por 1000 dólares na época, pq fiquei impressionado com a história q desvinculada ele do Capitão Marvel e do Superman, e achei e acho bem superior ao Monstro do Pântano; fiquei extasiado com a crueza da narrativa, a primeira vez q um Super ajudante miram se tornava um vilão carniceiro, impiedoso e com requintes de maldade e tambem as cenas desenhadas de um parto em close: ou seja a vagina se abrindo para dar passagem a uma cabeça de nene; eu, meu finado sócio Eufrasio Guimarães banhamos a Primeira edição; contamos com ajudas graciosas de Álvaro Omine, tradução de Wilson da Costa e a esposa do Giovanni Danilo Voltolini que letreirou. Mas antes da Segunda edição, meu sócio veio a falecer de in farto, seu herói preferido era o Capitão Marvel (Shazan), espero que quanticamente ele ainda está conosco.
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7-Como foi a parceria da Tannos com a Nova Sampa,o que vc tem a dizer sobre esse período e sobre as publicações da editora Tannos como Miracleman.
Sendo assim me associei à Nova Sampa para lançar os outros 3 números seguintes; tivemos o empecilho do plano COLLOR e tb perdi contato com o representante no Brasil.
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8-Quais os projetos com a Luana?
Meu sonho sempre foi desenhar e inventar uma história do Namor q elevasse ele ao topo da Marvel; essa história está pronta e está engavetada no meu cérebro, como queria alcançar o padrão Marvel, estudei Desenho e HQ e este ano estou fazendo curso de Photoshop na Quanta, mas sei q ainda é muito difícil entrar na Marvel; portanto resolvi continuar com a Luana q vai estar mais sexy, atualizada, o hiato de tempo que não aparece vou adiantar que estava presa no inferno e emerge nos dias de hoje.